terça-feira, 31 de maio de 2011

Celorico é fixe

Nós por Celorico temos acompanhado o forrobodó desta campanha eleitoral, todo o alarido realizado, sem que algo realmente importante tenha sido dito em prol da nossa terra.

Aqui por Celorico a coisa leva-se a sério, somos o epicentro de toda a campanha Distrital, José Albano é novamente segundo na lista de candidatos pelo distrito da Guarda a Deputados na Assembleia da Republica, tem à sua frente mais um pára-quedista do PS, Paulo Campos, que quando se apanhar em Lisboa não voltará a falar do Distrito da Guarda. O mesmo que fez Francisco Assis, portanto.

Tozé Batista depois de director de campanha de Fernando Nobre nas últimas Presidenciais, onde fez um excelente trabalho, aparece candidato pelo Bloco de Esquerda à Assembleia da Republica.

Celorico na linha da frente a nível distrital. Mas….

O PS aposta tudo em Celorico. Aposta até na vinda de Sócrates a Celorico, aqui o PS continua igual a si próprio, continua com o mágico poder da multiplicação, não foram 500 nem 800 ou até 900, mas sim 1000 pessoas em Celorico para ver Sócrates. Não sabemos quantos autocarros de Indianos ou Paquistaneses estavam estacionados pelas ruas da Vila, mas Nós por Celorico que perto estivemos, de Celorico só vimos os mesmos e aqueles que já vêem a mama por um canudo.
Mas o apoio ao PS em Celorico não se fica por aqui. Num jantar de apoio ao PS e a José Albano realizado no Lagar Municipal estiveram várias personalidades e ilustres socialistas, de referir alguns agarrados ao microfone, Armando Augusto Presidente de Junta candidato nos últimos 12 anos por três partidos diferentes (MPT, PSD e PS), Manuel João (Socialista!!!??) e Julio Ambrósio (PSD,PS,MPT,PSD;PS) o mesmo que na campanha do PSD de 2005 e aquando da visita de Santana Lopes ao Lagar da Rapa, lhe ofereceu um cajado para dar nos “ditos cujos” ao Sócrates. Todos verdadeiros Socialistas.
Ainda no comício realizado no dia do Feriado Municipal, o PS pode contar no palco com a presença de todo o executivo municipal. Um apoio de peso, o que realmente comprova que Celorico é fixe. O PS consegue finalmente calar as especulações e as más-línguas que já colocavam o Engº Zeze de o Dr. Silva como candidatos pelo PSD nas próximas Autárquicas.

Os homens já não são do CDS, então ao fim de mais de 6 anos no PS iriam agora virar as costas a quem lhe deu de comer…não claro que não, apoiam o PS e já são Socialistas, são ó SÃO??

E os Socialistas, os verdadeiros e muitos, que não estão com estes que não são, vão votar PS depois de estes aparecerem publicamente a apoiar o PS??? Alguém se lembrou disto?

O PSD passeou nas ruas da Vila com os seus candidatos e fez um convívio, vamos ver se isso chega para ganhar no Concelho.

Tozé Batista continua na luta e a dar, como é sua característica, quem luta sempre alcança.

PS. Sócrates, Paulo Campos ou o PS, nenhuns deles em momento algum, na passagem por Celorico e no comício realizado se referiram às Portagens da A25 e A23, ou a qualquer obra estruturante para o nosso Concelho.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Artur de Sacadura Freire Cabral

Gosto de ter madrinhas, mas não gosto de conhecê-las. A madrinha deixa de ter para mim o seu verdadeiro encanto, o encanto do mistério, quando a conheço.

(Sacadura Cabral)




Era filho primogénito de Artur de Sacadura Freire Cabral (Celorico da Beira, São Pedro, 16 de Outubro de 1855 - Lisboa, 19 de Março de 1901) e de sua mulher (casados em Seia) Maria Augusta da Silva Esteves de Vasconcelos (Viseu, Sé Ocidental, 11 de Julho de 1861 - Lisboa, 3 de Abril de 1913).[2] Após os estudos primários e secundários assentou praça em 10 de Novembro de 1897 como aspirante de marinha e frequentou a Escola Naval, onde foi o primeiro classificado do seu curso. Foi promovido a segundo-tenente em 27 de Abril de 1903, a primeiro-tenente a 30 de Setembro de 1911, a capitão-tenente em 25 de Abril de 1918 e, por distinção, a capitão-de-fragata em 1922. Terminado o seu curso, seguiu em 1901, a bordo do São Gabriel, para a Divisão Naval de Moçambique.
Serviu nas colónias ultramarinas no decurso da Primeira Guerra Mundial. Foi um dos primeiros instrutores da Escola Militar de Aviação, director dos serviços de Aeronáutica Naval e comandante de esquadrilha na Base Naval de Lisboa.
Unanimemente considerado um aviador distintíssimo pelas suas qualidades de coragem e inteligência, notabilizou-se a nível mundial, ultrapassando as insuficiências técnicas e materiais que na época se faziam sentir. Quando conheceu, em África, Gago Coutinho, incentivou-o a dedicar-se ao problema da navegação aérea, o que levou ao desenvolvimento do sextante de bolha artificial. Juntos inventaram um "corretor de rumos" para compensar o desvio causado pelo vento. Realizou diversas travessias aéreas memoráveis, notabilizando-se especialmente em 1922, ao efectuar com Gago Coutinho, a primeira travessia aérea do Atlântico Sul.
Navegou durante dois anos nas costas de Moçambique até que, em 1905, foi deliberado pelo governo que se procedesse a um levantamento hidrográfico rigoroso da baía de Lourenço Marques (hoje Maputo), em preparação da modernização do seu porto. Sacadura Cabral foi um dos oficiais escolhidos para este trabalho e, em colaboração com o seu camarada guarda-marinha, Bon de Sousa, fez uma carta hidrográfica do rio Espírito Santo e de trechos dos rios Tembe, Umbeluzi e Matola. Em 1906 e 1907 trabalhou como topógrafo na rectificação da fronteira entre o Transvaal e Lourenço Marques, serviço que foi feito em concorrência com os agrimensores ingleses do Transvaal.
Em 1907 chegou a Moçambique uma missão geodésica de que era chefe Gago Coutinho. No desempenho de missões geodésicas e geográficas, trabalharam juntos desde 1907 a 1910. Sacadura Cabral revelou nestes trabalhos as suas capacidades como geógrafo e astrónomo, bem como organizador.
Em 1911 concorreu aos serviços de Agrimensura de Angola, tendo sido nomeado para o lugar de subdirector destes serviços. Em Angola desempenhou vários serviços neste cargo, entre os quais observações astronómicas no Observatório de Angola e o reconhecimento da fronteira da Lunda. Em 1912 participou, com Gago Coutinho, na missão do Barotze, a fim de se delimitarem as fronteiras leste de Angola, o que foi feito em mais de 800 quilómetros. Sacadura Cabral regressou à metrópole em 1915.
Entretanto o Aero Club de Portugal procurava fazer propaganda da aviação e conseguiu que o governo abrisse um concurso para que os oficiais do exército e da marinha fossem enviados a várias escolas estrangeiras de aviação para nelas obterem o brevet de piloto aviador militar.
Sacadura Cabral foi para a França e deu entrada na Escola Militar de Chartres. Em 11 de Novembro de 1915 realizou o seu primeiro voo como passageiro e, a 16 de Janeiro de 1916 fez o seu primeiro voo como piloto. Em Março fez as provas de brevet com aprovação. Ainda em França seguiu para a Escola de Aviação Marítima de Saint Raphael, onde se especializou em hidroaviões. Frequentou ainda várias escolas de aperfeiçoamento e esteve na Escola de Buc, pilotando aviões Blériot e Caudron G.3.
Terminada a sua aprendizagem em França, regressou a Portugal em Agosto de 1916. Nesta altura estava a ser organizada a Escola de Aviação Militar em Vila Nova da Rainha e Sacadura Cabral foi aí incorporado como piloto instrutor. Entretanto, tendo o governo resolvido enviar para Moçambique uma esquadrilha de aviação para cooperar com o exército, na região do Niassa, na defesa deste território em relação aos ataques alemães, Sacadura Cabral foi encarregado de adquirir em França o material necessário. Esta foi a primeira unidade de aviação constituída em Portugal.

Em seguida Sacadura Cabral foi encarregado de organizar a aviação marítima em Portugal, tendo sido nomeado, em 1918, director dos Serviços da Aeronáutica Naval e, a seguir, comandante da Esquadrilha Aérea da Base Naval de Lisboa. Em 1919 foi nomeado para fazer parte da Comissão encarregada de dar parecer sobre a melhor forma de pôr em prática um plano de navegação aérea.
Demonstrou, nesse mesmo ano, a viabilidade de vir a ser tentada a viagem aérea Lisboa-Rio de Janeiro, tendo sido nomeado para proceder aos estudos necessários para a sua efectivação. Foi então à Inglaterra e à França, a fim de escolher o melhor material para equipar a Aviação Marítima, e propor o tipo de aparelho em que poderia vir a ser tentada a viagem Portugal-Brasil. Enquanto esteve nestes dois países desempenhou as funções de adido aeronáutico. Em 1920 fez parte da Comissão Mista de Aeronáutica.
Em 1921 realizou, com Gago Coutinho e Ortins de Bettencourt, a viagem Lisboa-Madeira, para experiência dos métodos e instrumentos criados por ele e Gago Coutinho para navegação aérea que, em 1922, vieram a ser comprovados durante a primeira travessia aérea do Atlântico Sul. Nesse ano, tornou-se o 347º Grã Cruz da Ordem Militar da Torre e Espada, Valor, Lealdade e Mérito.
Em 1923 elaborou um projecto de viagem aérea de circum-navegação, que não conseguiu realizar por falta de meios materiais. Em 1924, convencido de que o Governo não correspondia ao esforço por ele levado a cabo para a eficiência da Aviação Marítima, apresentou o seu pedido de demissão de oficial da Marinha, pedido que foi indeferido. Ainda em 1924, foi nomeado para estudar uma proposta feita ao governo para o estabelecimento de carreiras aéreas com fins comerciais. Morreu a 15 de Novembro de 1924, quando pilotava um Fokker 4146 de Amesterdão para Lisboa, um dos cinco aviões que haviam sido adquiridos por subscrição pública, e que seriam utilizados no seu projecto da viagem aérea à Índia, uma vez fracassado o seu projecto de circum-navegação
Juntamente com Gago Coutinho estudou um novo aparelho com o qual se viria a conseguir uma navegação estimada, e que viria a auxiliar e a completar a navegação astronómica por intermédio do sextante modificado por Gago Coutinho. Inicialmente este aparelho foi chamado "Plaqué de Abatimento" e mais tarde "Corrector de Rumos – Coutinho-Sacadura".

Este aparelho foi experimentado na primeira viagem aérea Lisboa-Madeira realizada em 1921. Tendo obtido os melhores resultados na sua utilização, este aparelho foi apresentado ao Congresso Internacional de Navegação Aérea, realizado em Paris de 15 a 25 de Novembro de 1921, onde teve boa aceitação. A memória descritiva do "Corrector" foi publicada nos Anais do Club Militar Naval.
A preparação para a primeira travessia aérea do Atlântico Sul é da iniciativa de Sacadura Cabral, que expôs o projecto a Gago Coutinho, o que motivou que este acelerasse a adaptação do sextante clássico de navegação marítima à navegação aérea. A travessia iniciou-se em 30 de Março de 1922, em Belém no hidroavião "Lusitânia". A primeira escala foi nas Canárias, de onde partiram para São Vicente, em Cabo Verde. Daqui partiram para os Penedos de São Pedro, com problemas de consumo de combustível. Ao amarar, uma vaga arrancou um dos flutuadores do "Lusitânia", o que provocou o afundamento do avião. Os aviadores foram recolhidos pelo navio "República". O "Lusitânia" acabara de realizar uma etapa de mais de onze horas sobre o oceano, sem navios de apoio, mantendo uma rota matematicamente rigorosa, o que mais uma vez veio provar a precisão do sextante modificado, pois os Penedos de São Pedro e São Paulo podem considerar-se um ponto insignificante na enorme vastidão atlântica.
O governo enviou um outro hidroavião Fairey 16, cujo motor veio a avariar no percurso entre os Penedos de São Pedro e São Paulo e a ilha de Fernando de Noronha. Foi pedido um novo Fairey ao governo português, que foi enviado no "Carvalho Araújo". Três dias depois partiram para o troço final, chegando à baía de Guanabara e terminando a viagem no Rio de Janeiro a 17 de Junho, depois várias escalas.
Esta viagem aérea constituiu um marco importante na aviação mundial, pois veio comprovar a eficácia do sextante aperfeiçoado por Gago Coutinho, com a ajuda de Sacadura Cabral, que permitia a navegação aérea astronómica com uma precisão nunca antes conseguida.

Faleceu num desastre de aviação algures no Mar do Norte, em 1924, quando voava em direcção a Lisboa, pilotando um avião que se despenhou. O cadáver nunca foi encontrado. Acerca da sua morte escreveu um Poeta: "Encontrou a sepultura em pleno mar / Que a terra, donde andava foragido, / Era pequena demais para o sepultar."

segunda-feira, 16 de maio de 2011

where are the keys??

My man, onde estão as chaves?
Quem te deu as chaves?
Afinal és tu o das chaves....

segunda-feira, 9 de maio de 2011

As contas de 2010 da Autarquia de Celorico da Beira

As contas de 2010 da Câmara Municipal de Celorico da Beira apresentam os seguintes valores, comparativamente com os anos anteriores:

Passivo exigível (dívidas totais):

2010: 22.667.856 euros
2009: 21.087.099 euros
2008: 20.179.838 euros
2007: 18.920.187 euros
2006: 18.961.588 euros
2004: 16.703.455 euros

Custos (despesas) com o pessoal:

2010: 7.214.064 euros
2009: 6.753.098 euros
2008: 5.984.846 euros
2007: 5.134.690 euros
2006: >5.000.000 euros
2004: 2.949.341 euros
2003: 2.599.419 euros
2002: 2.276.148 euros

As dívidas aumentaram em 1.580.901 euros (cerca de 8%) e serviram exclusivamente para pagamento de despesas correntes. No final de 2010, o Município tinham dívidas bancárias na ordem dos 11.700.000 euros!!!!

No ano de 2009 as despesas com Pessoal correspondem a 70% (!!!) das receitas totais da Câmara, enquanto que em 2010 chegam a 73%.
Em 2010, o prejuízo (resultado negativo) é de 1.886.000 euros!!!!

Então, Sr. Vereador especialista em contas, o que é feitos dos lucros divulgados na comunicação social??
Que rigor, Sr. Vereador importado de Viseu….
Então Sr. Presidente ao fim de 6 anos de mandato continuamos no marasmo que tanto criticou....
Partido Socialista, o que é feito do Novo Rumo???
Rigor, transparência e verdade, não é com este executivo com certeza!!!!  Estes socialistas travestidos cá do burgo hipotecaram irremediavelmente o futuro de Celorico.

Nós por Celorico...em frente.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Soma e segue....

As autarquias portuguesas demoram, em média, 112 dias a pagar as respectivas dívidas, de acordo com dados da Direcção-Geral das Autarquias Locais (DGAL) relativos a 31 de Dezembro do ano passado.

Seguem as câmaras  :  1º Porto Santo, 2º Borba (903 dias), 3º Vila Franca do Campo (754 dias), 4º Celorico da Beira (717) e 5º Castanheira de Pêra (797).

Os municípios que pagam mais rapidamente são Alcoutim e Terras do Bouro, que demoram apenas três dias a efectuar pagamentos, Portel e Pampilhosa da Serra (quatro dias), Vila do Porto, Anadia e Arronches (cinco dias).

Até 31 de Agosto de 2010, as autarquias tinham 90 dias para pagar a fornecedores, mas desde 1 de Setembro o Estado - incluindo autarquias, regiões autónomas, institutos ou empresas públicas - têm 30 dias para pagar ou um prazo de 60 dias, se isso for escrito em contrato público, a partir do qual é obrigado a pagar juros de mora, mesmo que não tenha sido assinado um contrato.


Srs. fornecedores comecem a bater à porta dos mãos limpas....se há para uns, que haja para todos.
E lei é lei.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Cada vez mais mãos limpas

Fornecedor "Fernando Gonçalves Monteiro", morada fiscal na Lageosa do Mondego, tio do Sr. Presidente da Câmara e sogro do Vereador substituto, representa neste momento um dos fornecedores mais relevantes da Câmara Municipal de Celorico da Beira.

Segundo informações constantes da prestação de contas do Município, o volume de compras efectuada a este fornecedor “privilegiado” e que tinha a sua actividade quase encerrada, foi o seguinte:

2007: 20.230,73 euros;
2008: 36.450,00 euros;
2009: 80.064,00 euros – Ano de eleições;
2010: 37.172,00 euros.

Total: 173.916,73 euros

Considerando que este valor inclui IVA à taxa média de 20%, o total de compras sem IVA foi de 144.930 euros!!!!

A legislação para além de referir expressamente a proibição de negócios com familiares, define que para aquisições de bens e serviços superiores a 75.000 euros, é necessário CONCURSO PÚBLICO!

Voltamos a relembrar...

Artigo 9.º

Perda de mandato
1 - Perdem o mandato os membros dos órgãos autárquicos que:
a) Após a eleição, sejam colocados em situação que os torne inelegíveis ou relativamente aos quais se tornem conhecidos elementos supervenientes reveladores de uma situação de inelegibilidade já existente, mas não detectada previamente à eleição;
2 - Perdem igualmente o mandato os membros dos órgãos autárquicos que, no exercício das suas funções ou por causa delas, intervenham em processo administrativo, acto ou contrato de direito público ou privado quando:
b) Por si, ou como representante de outra pessoa, nele tenha interesse o seu cônjuge, algum parente ou afim em linha recta ou até ao 2.º grau da linha colateral, bem como qualquer pessoa com quem viva em economia comum;



Mais palavras para quê? Cada vez mais mãos limpas por Celorico……